Oppenheimer e Barbie: O que aconteceu com as produções após o hype do público?

Sucesso ou apenas hype? O que aconteceu com os filmes, Oppenheimer e Barbie após os meses de exibição nos cinemas?

O cinema é um dos principais mercados do entretenimento, gerando bilhões de dólares para a indústria anualmente e 2023 não foi diferente. Alguns filmes estavam sendo aguardados pelo público, mas apenas dois chamaram fortemente a atenção dos amantes do audiovisual, Oppenheimer e Barbie.

Os filmes que estrearam no mesmo dia, dividiram público e causaram movimentação nas redes sociais. As histórias são diferentes entre si, mas já foi o suficiente para elevar o hype mundial. Mas o que aconteceu com os filmes depois que pararam de ser exibidos nos cinemas ao redor do mundo?

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Dirigido por Christopher Nolan e protagonizado por Cillian Murphy, o longa arrecadou cerca de U$ 945,4 milhões de dólares de bilheteria mundial. A trama acompanha o período da vida do físico Robert Oppenheimer enquanto criava a Bomba Atômica. A bomba foi lança em Hiroshima e Nagasaki e matou milhares de civis e causando intoxicação por radiação nos sobreviventes.

Já o filme da Barbie que havia sido anunciado ainda em 2022, era aguardado desde o ano passado, gerando U$ 1,44 bilhão de dólares na bilheteria. O longa aborda sobre o perfeccionismo e a cobrança de um padrão em cima da mulher, que faz de tudo e ainda não é o suficiente, causando frustrações e crises existenciais. A produção é dirigida por Greta Gerwig e estrelado por Margot Robbie.

Oppenheimer (2023). Reprodução/Warner Bros. Pictures

Apesar do hype da estreia e também da exibição dos dois filmes, a opinião do público e da crítica foi mudando. O que antes era esperado, agora se tornou motivo de retaliação e forte crítica. Em entrevista para o Washington Post, o cineasta, Spike Lee, comenta que em um filme de três horas, Nolan podia ter dedicado alguns minutos para os efeitos da bomba e as vítimas.

Nolan é um cineasta gigante. Isso não é uma crítica, mas um comentário. Se Oppenheimer tem três horas de duração, queria alguns minutos a mais para mostrar o que aconteceu com a população japonesa. As pessoas foram evaporadas. Muitos anos depois, ainda há gente radioativa.

Não é como se ele não pudesse fazer isso. Ele é quem dá as ordens aos estúdios. Teria adorado se o final do filme fosse algo como mostrar as consequências de ter lançado as duas bombas nucleares no Japão.

A dura realidade é o cansaço do público em relação ao modelo do filme. Oppenheimer é um filme americano que mais uma vez oferece ao telespectador o ponto de vista do homem norte-americano e sua criação. Deixando de lado o impacto na sociedade e os efeitos regionais e mundiais das criações citadas na trama. Apresentando a sensação “mais do mesmo”.

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Barbie não fica para trás quando o assunto é crítica. Apesar de ter uma grande bilheteria e com isso, ter se tornado o filme mais assistido do ano, o longa deixa a desejar quando falamos de sucesso. A trama arrecadou cerda de 80% de aprovação do público e da crítica geral, ficando atrás de animações, séries e até mesmo de Oppenheimer.

As críticas ao filme dirigido por Greta são divididas, permeando entre o “hilário e divertido” e “raso e sem motivação”. O site de notícias BBC News reuniu ainda este ano algumas das críticas realizadas por especialistas em relação ao filme e assim, desbancando o “sucesso” esperado para o longa.

Oppenheimer e Barbie: O que aconteceu com as produções após o hype do público?
Brbie (2023). Reprodução/Warner Bros. Pictures

O hype do entretenimento é cego

O termo em inglês “hype” é muito utilizado no meio do entretenimento. A tradução pode ser encontrada como moda, propaganda exagerada, engajamento, expectativa, dentre outros. Ele se refere a algo, principalmente, produções audiovisuais que está sendo muito aguardada pelo público, gerando engajamento em conteúdos relacionados, como fotos e vídeos.

A hype do entretenimento é cego e ofusca a realidade de muitas produções, seja séries, filmes ou até mesmo eventos. Oppenheimer e Barbie eram aguardados pelo público, pelo elenco escolhido, direção, ideias e fotografias que foram “vazadas” ao longo do trajeto. A expectativa alta gerou quebra de expectativa e frustação por parte do público geral e da crítica.

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Julia Abreu https://bananatura.com.br

Amante do entretenimento, Julia é viciada em séries e filmes dos anos 90. leitora assídua, não vive sem histórias da Agatha Cristie e Stephen King. Atualmente está lendo Nárnia!

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