The Town: Primeiro final de semana do festival é marcado por problemas na estrutura

Entre shows e o caos, The Town reuniu mais de 100 mil pessoas por dia e se tornou um dos maiores eventos do país.

O The Town, festival de música dos mesmos produtores do Rock in Rio aconteceu neste final de semana, no sábado e domingo. Programado para ser um dos maiores eventos musicais do Brasil, o espaço recebeu cerca de 100 mil pessoas por dia na primeira edição do The Town.

O evento acontece no Autódromo de Interlagos em São Paulo e voltará no dia 7,9 10 de setembro com novos shows como Maroon 5, Foo Fighters, Pitty e muito mais.

Porém, apesar dos shows com grandes nomes da música nacional e internacional ao longo do final de semana, o festival também ficou marcado pela chuva. Por conta da tempestade inesperada, a infraestrutura do evento foi colocado à prova, deixando o público totalmente exposto.

Quem já vai a festivais de música sabe que fatores externos e também perrengues já são esperados, porém, alguns acontecimentos levantaram alguns questões importantes sobre o que vem sendo feito em tais eventos. Para te ajudar a entender melhor, o Bananatura reuniu nesta matéria, as principais queixas relacionadas ao The Town, veja a seguir.

Chuva forte e infraestrutura problemática

A chuva deste final de semana não era esperada pelos paulistas. A meteorologia previa 10% de chances de chuva, mas ainda sim, é um risco real se tratando de eventos ao ar livre. De acordo com o portal de notícias O Tempo, o transtorno virou até mesmo meme nas redes sociais pela tamanha revolta.

Assim como outros festivais que já aconteceram antes no Brasil como Rock in Rio, João Rock, MITA, dentre outros, a falta de infraestrutura para eventualidades como tempestades já é algo enraizado, deixando o público exposto e muitas vezes, ilhados.

Durante a realização do The Town, parte do público foi embora após o show da Demi Lovato e quem decidiu ficar achou abrigo nos banheiros, embaixo das mesas, nos stands das marcas e em outros locais pelo evento. Mas foi registrado pelo tik toker Ogro.Zera, que o stand da marca Três Corações teve picos de luz e que o espaço da Volkswagen foi interditada por oferecer risco para o público.

@ogro.zera The Town é uma grande falha e os influenciadores que fizeram publicidade mereciam ser processado por PUBLICIDADE ENGANOSA. Palco pequeno. Telão pequeni. Stand da três coração foi um dos piores café parecia água suja. O estande da Wolksvagen precisou ser interditado por estar cedendo o chão. Três corações aprendam a faEr um café. Roberto Medina as pessoas não são cobaias. #CapCut #Thetown #paravoce #fyp #TheTown2023 #CapCut ♬ som original – Ogro.Zera

Filas com horas de espera

Já era esperado que uma grande quantidade de pessoas iria para o festival, mas um dos maiores problemas aconteceu ainda na entrada do evento. A fila para entrar no The Town estava levando em média 2 a 3 horas, fazendo com que até mesmo a cantora Luísa Sonza pedisse para os fãs chegarem mais cedo para conseguirem assisti-la.

Além disso, também foram registradas filas para comprar comida, ir ao banheiro, tirar fotos em pontos específicos, dentre outros locais.

Problemas com o transporte exclusivo para o evento

O evento oferecia ônibus exclusivo para o evento assim como opção de metrô que deixava próximo ao The Town. Além do longo tempo de espera para os transportes chegarem às estações, quem decidiu ir de metrô teve que enfrentar com irregularidade no funcionamento, gerando picos de energia que fazia com que o trem ficasse parado por um tempo em diversos pedaços do trajeto, além da super lotação.

Já os ônibus que eram pagos a parte não possuíam ar condicionado ou estrutura para comportar a quantidade de pessoas esperada para o festival de música. A Amanda Crispino em meio às redes sociais divulgou que o ônibus que estava rumo ao local pegou fogo no meio do trajeto como é possível ver abaixo.

@amandacrispino Comprei o Express The Town (onibus oficial do evento) e ele pegou fogo no meio do caminho. Tofos ficaram bem! 🙏🏼 #thetown #fogo #onibus ♬ som original – Amanda Crispino

A revolta se dá pelo fato de que estes transportes foram oferecidos por um valor diferenciado, prometendo conforto e mais agilidade para chegar ao local do evento, porém, o público recebeu ainda mais dor de cabeça.

Falta de acessibilidade

O skatista brasileiro Vinícios Sardi compartilhou em seu Instagram que um dos seguranças do evento erigiu que ele e outras pessoas saíssem pelas barreiras laterais ao invés de sair pelo portão principal. Além da longa distancia que desencoraja qualquer um, Vinícios é PCD e precisou pular as barreiras para conseguir sair do The Town.