Greve: atores e roteiristas entravam em greve juntos pela primeira vez em 60 anos!

Atores e atrizes de Hollywood se unem aos roteiristas em greve por melhores condições de trabalho.

Nesta quinta-feira (13), o cinema mundial ficou marcado pelo início oficial da greve dos atores e atrizes de Hollywood em busca de melhores condições de trabalho. A decisão foi tomada através de uma votação unanime pelo Sindicado dos Atores (SAG) e passa a valer a partir de hoje, 14 de julho.

O Sindicato vinha tentando fazer negociações com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP) que abraça plataformas de streaming como Netflix, Amazon Prime Video e empresas como Disney, Warner Bros. Pictures, Sony, dentre outros, porém, não houveram acordos até então.

Oppenheimer se tornou o marco da greve dos atores

Durante a estreia de Oppenheimer, filme dirigido por Christopher Nolan,  se tornou um grande marco na greve dos atores de Hollywood após o elenco se retirar da Première em Londres e deixar o diretor sozinho no palco. Isso aconteceu após a confirmação da greve dos artistas ligados ao SAG, fazendo com que a mensagem do movimento seja ainda mais claro.

O filme tem no elenco nomes como Cillian Murphy, Matt Damon, Emily Blunt, Florence Pugh, dentre outros. Com a trama focada na criação da bomba atômica e um enredo envolvente acerca do ocorrido, o longa tem estreia prevista para o dia 20 de julho, mesmo dia de lançamento do filme Barbie. Ambas as produções participam também da greve e com isso não podem participar de eventos de divulgação.

Por que os atores entraram em greve?

Greve: atores e roteiristas entrevam em greve juntos pela primeira vez em 60 anos!

As atrizes e atores de Hollywood ligados ao Sindicado dos Atores (SAG) estão protestando por melhores condições de trabalho como aumento de salário, maior proteção contra o uso de Inteligência Artificial com a imagem deles. De acordo com o SAG a maior parte dos lucros vão para CEOs das grandes empresas, ignorando os artistas e principalmente atores e atrizes que recebem menos que o prometido.

Com isso, os atores se unem aos roteiristas que estão em greve a dois meses também em busca de melhores condições como mais tempo para produção dos roteiros, maior salário, dentre outros motivos. A greve implica diretamente na produção de audiovisuais como também na divulgação deles.

O que muda?

Os atore não poderão filmes quaisquer produções áudiovisuais como filmes, séries, documentários, dentre outros; não poderão participar de coletivas de imprensa ou premières de filmes; não poderão promover qualquer trabalho em eventos, assim como entrevistas; e também estão vedadas campanhas publicitárias e divulgação dos filmes e séries nas redes sociais dos atores.

Decorrente disso, algumas produções que estavam previstas para este ano e 2024 podem sofrer sérios atrasos quanto a lançamento e também na produção.

Greve de atores e roteiristas na década de 60

Desde 1948, os sindicados batalhavam para garantir um lucro maior para os atores em meio a exibição da TV e filmes produzidos para o cinema. Com isso, a paralisação exigia a distribuição dos valores entre roteiristas, atores, diretores e outros membros que fazem parte da produção.

A greve de 1960 durou seis semanas e rendeu aos membros do SAG e do WAG (Sindicato dos Roteiristas) novos planos de saúde e previdência que duram até os dias de hoje. Porém, a greve mais longa foi nos anos 2000 e durou certa de seis meses, mas a movimentação era específica dos atores comerciais e ganhos residuais para anúncios de televisão e rádio.


*Direitos de Imagem:

  • thumbnail: Reprodução/Música e Cinema
  • Imagem 1: Reprodução/Chris Delmas/AFP
Julia Abreu https://bananatura.com.br

Amante do entretenimento, Julia é viciada em séries e filmes dos anos 90. leitora assídua, não vive sem histórias da Agatha Cristie e Stephen King. Atualmente está lendo Nárnia!

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