Conheça 5 livros escritos por mulheres negras para você levar na bolsa

A literatura é uma forma explícita de conhecimento e uma maneira de compartilhar vivências, informações, experiências e visões diferentes de mundo.

Com o aumento do consumo da internet e de informações instantâneas, onde as respostas precisam ser cada vez mais rápidas, entrando em um limbo competitivo de quem publica mais rápido, o hábito da leitura está se tornando cada vez mais distante. As livrarias Saraiva e Cultura que apresentaram crise, é apenas um exemplo disso.

Porém, quem ama ler se faz presente, seja com livros físicos ou até mesmo em formato digital, o famoso e-book que é comercializado em diferentes plataformas, mas principalmente pela Amazon.

De acordo com pesquisas realizadas pelo O Globo, o levantamento aponta que entre 1965 e 2014, 70% das obras literárias publicadas foram escritas por homens e 90% por pessoas brancas, mostrando os obstáculos para uma escritora negra ser lançada em editoras nacionais.

Dessa forma, torna-se cada vez mais importante a divulgação e o enaltecimento de obras escritas por mulheres negras. Confira a seguir a lista de cinco livros para você conhecer e levar na sua bolsa.

Quem tem medo do feminismo negro?

Escrito pela filosofa e pesquisadora Djamila Ribeiro, o livro “Quem tem medo do feminismo negro?” traz para o leitor a ótima do movimento social através do feminismo negro e pela luta da igualdade entre os gêneros e até mesmo dentro do movimento.

No texto autobiográfico, a autora relembra acontecimentos da infância e aborda sobre o processo de apagamento da personalidade que sofreu através da discriminação que passou e ainda passa. Djamila também toca em assuntos como os limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil.

O que eu sei de verdade

Conhecida por ser uma das apresentadoras mais relevantes mundialmente, Oprah Winfrey é jornalista, atriz, psicóloga, empresária, repórter, produtora, editora e escritora norte-americana e através do livro “O que sei de verdade” use as palavras da coluna mensal que tinha em uma revista com o desejo de escrever um livro, mostrando para o mundo tudo as reflexões sobre relacionamentos amorosos, família, autoestima, medos, fracassos e superação.

Nesta obra ela reúne as melhores crônicas que escreveu dentre os 14 anos que escrevia para a coluna mensal, inspirando milhares de leitores ao redor do mundo.

Em busca de mim

Considerada uma das melhores atrizes do mundo atualmente, Viola Davis participou de produções como Mulher Rei, Um Limite entre Nós, How Get Away With Murder, dentre muitos outros. Viola também explora a arte além das telonas, sendo uma escritora de mão cheia.

Ocupando o primeiro lugar na lista de biografias vendidas na Amazon Brasil, o livro “Em busca de mim” da Viola Davis conta tudo que viveu desde a sua infância até o estrelato no mundo do cinema, refletindo profundamente sobre o amor próprio e as vivências pessoais, demonstrando que é preciso olhar para dentro e reconhecer os acontecimentos de forma pessoal e parcial.

Tudo sobre o amor

Gloria Jean Watkins também conhecida pelo pseudônimo bell hooks foi foi uma escritora, professora, teórica feminista, artista e ativista antirracista estadunidense. Bell publicou mais de 30 livros em vida, além de ter participado de programas de televisão, documentários, filmes e muito mais, se tornando uma grande referência no mundo da escrita, do ativismo e da arte.

O primeiro livro da Trilogia do Amor reflete sobre o que de fato é amor e como ele pode afetar diferentes áreas da vida como em relações familiares, românticas e de amizade ou na vivência religiosa. Bell defende que o amor vai além de um simples sentimento.

Mulheres, raça e classe

Ativista, marxista e educadora, Angela Davis se tornou um símbolo da causa negra na década de 60. Recentemente, Angela fez um discurso na Marcha das Mulheres, em Washington, D.C., nos EUA logo após a posse de Donald Trump no governo estadunidense. Angela cresceu em um país cercado por radicais brancos que perseguiam pessoas negras, o Ku Klux Klan, mas isso não a impediu de lutar. Ainda adolescente, criou um grupo de estudos inter-raciais que foi perseguido e proibido pela polícia.

No livro “Mulheres, raça e classe” a autora debate sobre as nuances da depressão e como ela atinge diferentes tipos de pessoas, demonstrando como o racismo teve efeito na maneira como a mulher negra é tratada, desumanizada. Angela também toca em assuntos como o o abolicionismo penal, racismo institucional, dentre outros assuntos que refletem a importância de entender como tudo surgiu.

*Direitos de Imagem

• Thumbnail: Reprodução/History/Angela Davis